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Linhas Tortas: O ESPELHO, O ÓBVIO.

Quando os portugueses, em 22 de abril de 1500, aqui chegaram, “meio perdidos”, já havia quem por aqui tinha passado, como o espanhol Vicente Yáñez Pinzón (janeiro de 1500). Pinzón deu “umas voltas” por onde hoje é o Rio Grande do Norte e Pernambuco, subindo até o Caribe, ao Norte. Os indígenas o fizeram repensar se “colocaria os pés nas areias das praias ou não”. Mas, os portugueses não só colocaram “os pés” na terra e nas matas, como ousaram batizar de “ilha de Vera Cruz” e até “terra dos papagaios” (1501). Depois, os invasores foram muitos, com destaque para os holandeses, franceses e ingleses. Construíram cidades como “Maurícia” (Mauristaad, em holandês), em Recife (séc. XVII), em homenagem ao invasor Maurício de Nassau; o francês Villegagnon criou a “França Antártica”, na baía da Guanabara, Rio de Janeiro (1555-1559), e a Inglaterra “invadiu de “tudo um pouco” e em mais tempo, sempre utilizando o seu grande poder naval e a influência política, tanto no período colonial como nos reinados, principalmente de D. João VI, que ficou devendo até “as ceroulas” aos ingleses, depois de ser ajudado a fugir das “garras de Napoleão”, fugindo para o Brasil, no início de 1808. Depois da Segunda Guerra Mundial e nas últimas décadas com mais intensidade, os “novos invasores” não vieram de “caravelas”, singrando as águas turbulentas e traiçoeiras dos oceanos. Eles utilizaram “mensageiros do mal” travestidos de “padres, intelectuais, artistas, pensadores, professores, cientistas etc.”, todos, como os antigos invasores, “de olho” nas riquezas da “terra Brasilis”. Os índios, desprezados pelos portugueses e pelos demais invasores, só serviram para “servir”, assim como os demais “nativos miscigenados” que foram nascidos e criados na terra. Os “nativos de hoje”, também, só servem para “servir” aos invasores, de preferência sem a “cabeça” que só pensa “bobagens”, como liberdade, família, pátria e Deus. Tanto Nassau, como Villegagnon e muitos ingleses poderosos foram apoiados e até “endeusados” pelos nativos indígenas, e depois pelos mestiços, mais negros escravos e brancos ambiciosos (alguns portugueses), que lhes deram até a vida para as suas “causas injustas”. Eles lutaram junto aos invasores contra os “brasileiros”, o seu povo. Porém, tais “traidores”, todos, absolutamente todos, foram abandonados pelos invasores à própria sorte, morreram nos campos de batalha ou foram enforcados ou “arcabuzados”. Se algum “traidor” conseguiu fugir para a floresta, alguma “onça pintada” deve ter tido “indigestão” com aquela “carne estragada”. Historicamente, por exemplo, Judas (na religião) ou Brutus (que se suicidou com a própria espada), o destino do “traidor” é a loucura, a miséria ou a morte trágica. O “novo invasor” é tão óbvio no seu intento que repete a mesma “técnica” de 523 anos atrás: “dar “espelhos” para agradar aos “nativos” e “roubar” as suas riquezas. O que virá depois dessa “invasão”? O ÓBVIO DE SEMPRE, COMO AGORA!!!

Por: Elias do Brasil / escritor e historiador, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e articulista.

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