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Condenada em várias ações, Carla Zambelli faz ‘vaquinha’ online para pagar indenizações

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) usou suas redes sociais para pedir dinheiro a seus eleitores para pagar indenizações nos processos judiciais em que foi condenada. Em um vídeo, a deputada diz que, somente neste mês, precisou pagar R$ 65 mil em indenizações, o que a levou a pedir empréstimo bancário.

“Fiz essa vaquinha e quero pedir sua ajuda. Se você puder ajudar, vai ser muito bem-vindo, porque eu não tenho condições de pagar com o meu salário esses valores”, afirmou. Em sua postagem, a deputada divulgou uma chave Pix e diz que está sendo “perseguida judicialmente”.

Um deputado federal ganha R$ 41,6 mil por mês, segundo dados da Câmara dos Deputados. Como qualquer deputado federal, Zambelli tem direito a usar a verba da Casa para pagar a defesa nos processos judiciais. Para o pagamento de indenizações por condenações judiciais, entretanto, ela tem de usar recursos do próprio bolso.

Há duas semanas, Zambelli foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a pagar R$ 20 mil à ex-deputada Manuela D’Ávila por danos morais após associar a ex-parlamentar com a “esquerda genocida”.

“Além disso, tenho um processo do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] de R$ 30 mil e outros 20 processos de R$ 25 a R$ 30 mil e que provavelmente vou perder vários deles porque são processos em que ataquei o Lula, em verdades”, afirmou.

Arma de fogo

Em outubro do ano passado, Zambelli foi filmada apontando uma arma de fogo para um homem em um bar, em São Paulo. Segundo a parlamentar, ela sacou a arma após ter sido agredida e xingada. De acordo com ela, o homem seria militante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um vídeo gravado de outro ângulo, no em tando, mostra a parlamentar caindo após tropeçar.

“Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão. Ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar”, explicou Zambelli à época.

Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar um pedido feito pela deputada para anular a decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu o porte de arma da parlamentar e autorizou a apreensão do revólver que ela usou, além das munições, no dia em que perseguiu um homem em uma rua de São Paulo.

*R7

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