CPI da Covid e o relatório da Mãe Joana
Com a proximidade do fim da CPI da Covid-19, os ânimos entre os que compõem o G7 (grupo que comanda a CPI) azedou de vez. A percepção de que a exposição gratuita em horário nobre vai acabar, o medo do retorno ao ostracismo, aliado a intenção de ser reconhecido como o “pai” da CPI, tem criado situações constrangedoras principalmente para os contribuintes que pagam os custos da CPI. Depois de meses em que foram expostas mazelas de toda natureza, em que direitos individuais foram desprezados, em que sigilos constitucionais foram quebrados, em que o País descobriu que durante a pandemia pessoas sem caráter pensavam em ganhar dinheiro ilicitamente, o grupo majoritário de senadores da CPI não consegue se entender sobre como elaborar o relatório final, gerando incertezas sobre a punição dos inúmeros crimes descobertos. Esperamos que os senadores tenham um mínimo de juízo e esqueçam de suas vaidades, pensando no melhor para o País.
Vem pra briga, Tchê!
O símbolo do PSDB, partido que comandou o País e polarizou com o PT durante décadas, é o tucano. Pela maneira polida e educada de seus membros, em que se conversa muito e se decide pouco, costumou-se dizer que os tucanos vivem em “cima do muro”. Neste fim de semana a história parece ter mudado. Durante os preparativos para as prévias que irão decidir o candidato à Presidente da República, o Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite partiu para cima do Governador João Dória, de São Paulo, lembrando inclusive do “bolsodoria” (apoio ao Presidente Bolsonaro que Dória tenta esquecer). Leite foi duro com Dória. O pré-candidato gaúcho está levando as prévias a sério e deixando os que pensam em uma terceira via interessados em suas propostas. Será que os tucanos irão trocar a Política do Café com Leite (que sempre deu hegemonia política para os caciques de São Paulo e Minas) pela política do chimarrão, escolhendo, pela primeira vez, um candidato do Rio Grande do Sul para disputar a presidência da república?
O fiasco do pré-candidato Artur Neto
O tucano amazonense Artur Virgílio resolveu se lançar candidato às prévias do PSDB que definirá o candidato a Presidente da República do partido. Ocorre que o Amazonas tem 1% dos votos do colégio eleitoral do PSDB, sendo menor inclusive do que Rondônia. Ou seja, a candidatura do Artur só pode servir como última alternativa para ter alguma visibilidade antes das próximas eleições. Essa estratégia tem tudo para dar errado, pois a repercussão dessa candidatura às prévias do PSDB não despertam interesse no eleitorado amazonense. Já o viaduto da entrada do Manoa, desperta curiosidade em todos que passam por lá; não há quem não queira saber quem foi o prefeito incompetente que patrocinou o referido tobogã.
Será que o senador Omar nunca comeu Tambaqui?
O Senador Omar Aziz, é famoso pelos jantares que sua cozinheira gaúcha prepara, especialmente o arroz de bacalhau. O Senador, filho de um imigrante palestino, que nasceu em São Paulo e morou no Peru, antes de se fixar em Manaus, tem hábitos culinários refinados. Pena que ele não aprecie uma boa caldeirada de tambaqui ou um pirarucu à casaca. O Amazonas que o elegeu necessita de toda a divulgação possível para estimular o turismo. Já imaginaram os programas jornalísticos da Globo, CNN, Record e outros anunciando que o presidente da CPI da Covid vai receber autoridades em sua residência em Brasília, e sua cozinheira irá preparar uma caldeirada de Tucunaré? Bora ver se na campanha eleitoral do ano que vem o senador, candidato a reeleição, irá a alguma feira comer bacalhau com os eleitores.
Falo mermo!
“A CPI não deu R$ 1 para você que está passando fome, quem te ajudou foi Bolsonaro”, disse o Senador Flávio Bolsonaro na audiência de homenagem às vítimas da covid-19 na CPI