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Bolsonaristas promovem manifestação pelo voto impresso neste domingo em Manaus

Movimentos de direita do Amazonas saem em manifestação neste domingo (1) em apoio ao voto impresso, pauta do presidente Bolsonaro (sem partido) que com a retomada dos trabalhos na Câmara deverá ser derrotado na comissão especial, que discute a Proposta de Emenda à Constuição (PEC) do voto impresso da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). 

A concentração vai ocorrer na avenida das Torres na altura do posto BR às 14h00. Às 15h00 os manifestantes sairão em carreata até a Ponta Negra. O ato nacional foi organizado após a live de quinta-feira (29) em que o presidente requentou acusações já desmentidas sobre a urna eletrônica. 

Na live, o presidente reconheceu que não pode comprovar as denúncias de fraude, mas insistiu na defesa do voto impresso cobrando de quem defende o atual sistema as provas de que ele funciona. 

Na quinta-feira, a deputada bolsonarista Bia Kicis, que em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, reconheceu que não consegue provar as denúncias de fraude levantadas por ela, declarou durante o 2° Fórum da Torá Judaico Cristão, em Manaus, que a adoção do voto impresso é a “pacificação” do país. 

Em entrevista ao A CRÍTICA, a bolsonarista concluiu que é fundamental que o povo vá às ruas para exigir o voto impresso. A PEC da deputada vai ser votada na próxima semana e deve ser derrubada por um acordo de 11 partidos, inclusive de partidos da base de apoio do presidente. 

Os apoiadores amazonenses do voto impresso que organizam a manifestação reclamam que o sistema de apuração eletrônica não seria auditável e exigem uma contagem pública dos votos. Acontece que a contagem dos votos pelo atual sistema eletrônico já é público.

O diretor do Movimento Direita Amazonas Silvio Rodrigues disse que o movimento tem o objetivo de exigir a “contagem pública” de todos os votos. Para ele, é impossível o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprovar que os votos foram para o candidato escolhido. 

O direitista afirmou que mesmo com o avanço da tecnologia, “hackers  conseguem invadir bancos, por que não conseguem invadir uma urna eletrônica”. A urna eletrônica não é conectada à internet, a transmissão dos dados de votação é feita por meio de uma rede privada criptografada do TSE.  

Após o término da votação, a urna imprime um boletim com a votação da sessão eleitoral que fica fixado no local e é disponibilizado na internet. Além disso, partidos e Ministério Público podem solicitar à Justiça Eleitoral uma auditoria. 

Pelo modelo proposto por bolsonaristas, o eleitor votaria na urna eletrônica, que efetua o registro digital do voto, imprime o registro do voto e o deposita em uma urna de acrílico. A apuração ocorrerá pelo registro impresso, de forma automatizada, com equipamentos aptos a revelar visualmente o conteúdo do voto.

Existe a possibilidade de recontagem apenas na hipótese de ‘fundados indícios’ de irregularidades na apuração’. Os partidos políticos poderiam pedir a recontagem de votos na respectiva seção eleitoral. 

Na avaliação do TSE o voto impresso pode facilitar fraudes com mais facilidade do que o voto eletrônico. No caso do sistema eletrônico não existe nenhuma denúncia comprovada de fraude, no sistema analógico de papel há casos documentados de fraude. 
* Acrítica

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