Mesmo diante de várias críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o suposto uso político de sua presença em uma das procissões do Círio de Nazaré: o atual mandatário do país chegou cedo ao Trapiche de Icoaraci, de onde parte a procissão fluvial na manhã deste sábado (8).
Na sua chegada, vários fiéis vaiaram o presidente e protestaram contra a presença dele no Círio. Através de cartazes e gritos, devotos de Maria criticaram o que consideraram um uso eleitoreiro da festividade pelo político, que no Pará ficou atrás de Lula por 12 pontos percentuais no 1° turno das eleições.
Candidato à reeleição e segundo colocado na apuração dos votos no primeiro turno, Bolsonaro é acusado de vir a Belém e participar da Festa de Nazaré como forma de utilizar da imagem que um dos maiores eventos religiosos do mundo possui como palanque político para alavancar sua popularidade com os cristãos. Após o anúncio de sua participação na procissão, a própria arquidiocese afirmou que não convidou o presidente para o evento.
Jair Bolsonaro acompanhou a procissão de dentro da cabine do comandante da embarcação. Logo à frente do navio, estava a berlinda com a Imagem Peregrina. Antes de ser colocada no receptáculo, a Padroeira dos Paraenses foi tocada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e demais apoiadores do presidente, que o acompanham no Círio Fluvial.
Pelas redes sociais, o presidente tentou demonstrou falta de familiaridade com a festividade, errando o nome da maior celebração católica do mundo. Postando uma foto ao lado da imagem Peregrina, Bolsonaro escreveu “Sírio de Nazaré”, com a letra “S”, ao invés da grafia correta “Círio”, como é de conhecimento geral.