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Com 227 mortes, assassinatos de ambientalistas batem recorde no mundo

Os assassinatos de ambientalistas bateram recorde em 2020. Foram 227 mortes de pessoas que lutavam contra a exploração de recursos naturais registradas no mundo, em uma média de mais de 4 pessoas assassinadas por semana.

O Brasil foi responsável por 20 destas mortes. Com isso, o país foi o 4º mais letal para ambientalistas no mundo e o 3º na América Latina. Os dados são de um levantamento da Global Witness lançado nesta 2ª feira (13/9).

Segundo a organização, os ambientalistas brasileiros foram atacados principalmente na região da Amazônia. O Brasil também foi um dos 8 países que teve vítimas que eram oficiais do governo, ou seja, que foram mortos por realizarem seu trabalho de proteger o meio ambiente.

Os números globais tiveram o 2º recorde consecutivo em 2020. No ano anterior, foram 219 assassinatos de defensores da terra e do meio ambiente.

Ainda assim, a Global Witness afirma que o número deve ser ainda maior. A organização cita dificuldades como a falta de imprensa livre ou de monitoramento do problema em alguns países, o que leva a subnotificação dos casos.

Além disso, há ainda outros tipos de violência que não chegam ao assassinato. Ameaças e agressões, segundo a organização, também são frequentes para ambientalistas em todo o mundo.

“Sabemos que, além dos assassinatos, muitos defensores e comunidades também experimentam tentativas de silenciá-los, com táticas como ameaças de morte, vigilância, violência sexual ou criminalização —e que esses tipos de ataques são ainda menos bem relatados”, diz o documento.

DESIGUALDADES REGIONAIS

Apesar da morte de ambientalistas ser um problema encontrado em 22 países, o problema é mais proeminente na América Latina. Entre os 10 países com mais mortes, 7 são da América Latina —em um total de 163 mortes.

Entre os 10 países mais letais estão 3 que têm áreas da Amazônia. A floresta tropical foi responsável por ¾ das mortes registradas no Brasil e no Peru. No total, os países amazônicos registraram 91 mortes em 2020, com o país mais letal sendo a Colômbia.

A principal causa conhecida das mortes de ambientalistas no ano foi a exploração de madeira. Esse tipo de atividade criminosa foi responsável por 23 mortes. Os dados também indicam que o agronegócio e a mineração estão entre os grandes responsáveis pela violência contra ambientalistas: cada um deles estava conectado a 17 assassinatos no mundo.

*Com informações do Poder360

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