Ainda popularmente desconhecido, o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma forma grave do período pré-menstrual das mulheres que inclui sintomas responsáveis por alterações de humor e comportamento. De acordo com a Pfizer, o distúrbio atinge 3% a 8% das mulheres em idade reprodutiva.
A TDPM é também conhecida como uma “TPM mais agravada”. Ao contrário da TPM, que atinge 75% das mulheres e geralmente é aliviada com alimentação saudável e compressas de água quente, o distúrbio disfórico requer uma atenção maior, já que é mais severa e, às vezes, incapacitante.
A ginecologista e obstetra, especialista em medicina integrativa, Andrea Sousa explica que as mulheres precisam atentar aos sintomas da TDPM. Segundo a ginecologista, os sintomas ocorrem em uma a duas semanas antes da menstruação e que melhoram após o inicio. Entre os sintomas que ao menos um se destaca estão:
- Instabilidade emocional – por exemplo, ter alterações de humor extremas, ou crises de choro repentinas;
- Mau-humor extremo – sentir-se muito irritada ou ter mais conflitos com as pessoas ao redor;
- Humor deprimido – inclui tristeza, falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos;
- Ansiedade acentuada – também pode vir na forma de tensão ou sensação de estar “à flor da pele”.
- Irritabilidade;
- Pensamentos autodepreciativos;
- Instabilidade emocional;
- Dificuldade de concentração;
- Falta de interesse em atividades habituais;
- Fadiga, apetite descontrolado;
- Problemas para dormir;
- Dor de cabeça e inchaço no corpo.
Tratamento
Segundo Andrea Sousa, o tratamento multidisciplinar faz a diferença. Primeiro é necessário que a mulher realize exames de rotina até mesmo para descartar outras doenças que podem causar sintomas semelhantes, tais como: transtornos de ansiedade, depressão; endometriose e problemas da tireoide.
A ginecologista orienta que uma vez detectado os sintomas, algumas mudanças no estilo de vida devem acontecer adotando hábitos saudáveis, como manter uma alimentação bem equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente.

Nos quadros leves e moderados de TDPM, a psicoterapia pode ser suficiente para controlar os sintomas do distúrbio e melhorar a qualidade de vida da paciente por meio de técnicas e práticas psicológicas.
Uma dúvida constante entre as mulheres é sobre quais medicamentos para tratamento farmacológico podem ser incluídos, uma vez diagnosticado é necessário que a paciente busque orientação e prescrição médica.
É possível evitar?
Ainda não foi comprovado o que causa a alteração da sensibilidade, porém, alguns estudos sugerem que a predisposição genética contribui – o que significa que mães e filhas possuem probabilidade de desenvolverem. Outros estudos apontam que o problema de saúde mental é causado por uma alteração genética nos receptores de serotonina — neurotransmissor que regula o humor, o sono, o apetite e a dor.
“Os principais pilares da saúde é a diminuição do stress e a alimentação saudável que leva a um intestino saudável. Insisto em falar sobre isso porque sabemos que a serotonina tem 80% de sua produção realizada no intestino, principal neurotransmissor do bem estar, sono regulador e atividade física. Não fique com vergonha de procurar ajuda!”, completou a médica, que possui o canal no Youtube -“Conta aí Doutora”