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Conhecida como Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro completa 457 anos

O Rio de Janeiro completa nesta terça-feira 457 anos de fundação. Foi naquele 1º de março de 1565 que Estácio de Sá, aos pés do Pão de Açúcar, deu início à história da cidade.

Em cinco séculos, o Rio foi capital de reino, de império e da república e colecionou recordes à medida que foi crescendo.

Marcos e curiosidades da cidade. Muitos dos lugares históricos que os testemunharam continuam de pé.

Batismo errado?

Navegadores portugueses apontaram na Baía de Guanabara em 1º de janeiro de 1502, muito antes da fundação na Urca.

Reza a lenda que a cidade foi batizada em homenagem ao mês e em referência ao que seria a foz de um grande rio.

Mas historiadores pontuam que, na época, rio, ria e baía eram termos usados para identificar os mesmos corpos geográficos.

Então, provavelmente os patrícios já sabiam que estavam diante da Baía que seria a da Guanabara.

Foto:Reprodução/Globo

Santo quatrocentão

São Sebastião não é padroeiro da cidade à toa.

Várias evidências históricas apontam que a imagem que está na Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca — não a do altar, mas a que fica numa redoma — veio na esquadra de Estácio de Sá.

Cabe lembrar sempre: 20 de janeiro é o dia do santo, feriado municipal; 1º de março é a data da fundação da cidade — e em 2022 excepcionalmente folga porque caiu na terça-feira de carnaval.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro do Rio — Foto: Alexandre Macieira/Riotur

Obra-prima da engenharia de pé

Fica em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, a mais importante obra de engenharia brasileira do século 18. A Ponte dos Jesuítasfoi construída por religiosos inacianos como parte de um sistema complexo de drenagem e irrigação da Fazenda Santa Cruz. 

“Não é só uma ponte, é um reservatório. Foi uma obra muito avançada para a época”, afirmou Carlos Eduardo Pinto, professor de história da Uerj.

A ponte é considerada o primeiro projeto de hidráulica agrícola do Brasil. Baseado em técnicas holandesas, envolveu a abertura de quilômetros de canais centrais e secundários que drenavam a baixada entre Santa Cruz, Itaguaí e Piranema, interligando os principais rios da região. 

Os canais de maior porte, conhecidos como valas do Itá e São Francisco, margeavam ambos os lados do Rio Guandu e ultrapassavam dez quilômetros de comprimento, servindo também como via de transporte de produtos até o Porto da Ilha da Madeira, na Baía de Sepetiba. 

A estrutura foi tombada pelo Iphan em 1938.

*G1

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