O município de Nova Olinda do Norte, interior do Amazonas, distante cerca de 126 quilômetros da capital do Estado, decretou no domingo (02/05) situação de emergência em razão da enchente do Rio Madeira. A cota do rio atingiu a marca da cheia histórica ocorrida em 2014, quando o nível chegou a 20,42 metros.
De acordo com a Defesa Civil do município, até meados de 15 a 20 de maio as águas barrentas do Rio Madeira estarão subindo, podendo ultrapassar a última enchente. Diversos bairros estão inundados e cerca de 3 mil famílias já foram afetadas, entre zona urbana e zona rural.
A prefeitura de Nova Olinda do Norte, através da Secretaria Municipal de Segurança, Transito e Defesa Civil (Semseg) conta com apoio do Governo do Estado do Amazonas para o enfrentamento aos danos causados pela cheia.
“Informamos que a enchente 2021 já alcançou a última régua de metragem de subida do Rio Madeira e pelos dados hidrográficos coletados pela COMDEC-NON, já é possível afirmar que superaremos a enchente de 2009 e 2014. Estamos a apenas 12mm da cota atingida em 2014”, destacou o Sargento Marcélio, secretário da Semseg.

Por medidas de segurança algumas ruas e trechos do município já foram interditadas. A secretaria municipal de segurança reforça o pedido à população quanto aos cuidados neste período, principalmente com os animais peçonhentos, além de chamar a atenção dos pais ou responsáveis de crianças, para que não se aproximem desses locais.

A prefeitura do município, em conjunto com a defesa civil, segue dando suporte ao locais afetados com construções de pontes, marombas – os assoalhos de madeira para elevar o piso da casa- e aluguel social através da Secretária de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Demais municípios afetados pelas cheias:
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, 13 cidades amazonenses decretaram situação de emergência devido a inundações causadas pela cheia dos rios nos últimos meses. Sete delas ficam na calha do rio Juruá: Guajará, Envira, Eirunepé, Itamarati, Ipixuna, Carauari e Juruá; cinco na calha do rio Purus: Pauini, Boca do Acre, Lábrea, Canutama e Tapauá, e uma na calha do Rio Madeira: Borba.
Além destas, outros 24 municípios amazonenses estavam em estado de alerta na data do último balanço divulgado pela Defesa Civil, são eles: Manaus, na calha do Rio Negro; Manicoré, Novo Aripuanã e Nova Olinda do Norte, no Rio Madeira; Anori, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba, Manaquiri e Careiro Castanho, no Baixo Solimões; Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nhamundá, Urucará, São Sebastião do Uatumã, Parintins e Maués, no Baixo Amazonas e Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Iça e Tonantins, na calha do Alto Solimões.