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N24 | Sem Fiscela desta quarta-feira (12/05)

Omar foi macho ou frouxo?

E a temperatura subiu hoje na CPI da covid com o depoimento do ex-secretário de comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarter. O relator da CPI, senador Renan Calheiros, entendendo que o ex-secretário mentia em seu depoimento mais do que ele em campanha no interior do Alagoas, pediu a sua prisão. Ocorre que o senador Omar Aziz, presidente da CPI, não aceitou o pedido. Omar, vulgarmente chamado de beduíno, disse que muitos políticos sofreram injustiças em suas vidas públicas com insinuações e acusações Injustas e que ele não cometeria algo desnecessário com o depoente Fábio. Omar, usando da sua experiência e procurando evitar um mau caminho, disse ainda que ele não era carcereiro e que já tinha informado anteriormente ao Renan que não iria apoiar a prisão, mas claramente o alagoano forçou a barra. Renan justificou o pedido dizendo essa prisão evitaria que outros depoentes mentissem. Ou Omar Aziz salvou a CPI ou ele melou a cueca e não teve coragem de prender um aliado do clã familiar bolsonarista.

Dá pra CPI começar à tarde?

Todos no Amazonas sabem da pouca disposição que tem o senador Eduardo Braga pra levantar cedo da cama. Do período em que era governador do Amazonas, de 2002 a 2010, sobram relatos de políticos, secretários e outros interlocutores que vagavam sem sucesso de manhã pela sede do governo à espera do chefe, que costumava chegar fim da manhã ou meio da tarde. Há casos de pessoas chamadas para reuniões às 8 ou 9 da manhã que só foram recebidas por Braga às 10 horas. 10 da noite. Agora na CPI da Covid, a ausência de Braga nas sessões matutinas começa a causar estranheza a todos que ainda não o conheciam. Talvez fosse o caso de começar a CPI na sessão da tarde. Só assim o senador do Amazonas poderá acompanhar os depoimentos e exercer seu papel como membro efetivo da comissão. Já são notórias as suas ausências nas reuniões. Uma vaga na CPI perdida, jogada fora

Meu vagabundo favorito

O maior treinador de futebol amazonense, nosso saudoso Amadeu Teixeira, dizia que ele conhecia o cara que jogava bola de verdade no andar; bastava olhar pro cara andando. Ou seja, quando o profissional é do meio, entende da parada e convive com os seus, sabe quem é quem bastando observar o jeito de andar. Deve ter sido por isso que o Senador Flavio Bolsonaro, em um claríssimo ato provocativo visando encerrar a sessão da CPI da covid e com isso evitar que o ex-secretário de comunicação da presidência da república, Fábio Wajngarter, continuasse entregando todos os podres do seu ex-chefe, chamou o relator da CPI, senador Renan Calheiros, de vagabundo. Na mesma hora, sem nem dar tempo pro filho 01 de Jair piscar, Renan devolveu um: vagabundo é você que roubou o dinheiro do seu pessoal (a famosa rachadinha dos gabinetes de todos os Bolsonaros). Foi uma confusão! Só o senador Randolfe Rodrigues que deu uma de leso e disse que estava ocorrendo ali um claro ato de falta de decoro parlamentar. O presidente da CPI, Omar Aziz, ignorou Randolfe. Cada um que defenda seu vagabundo favorito.

O Morro chora

O Morro da Liberdade, na Zona Sul de Manaus, é conhecido por ser o berço do samba, dos variados movimentos sociais e culturais, onde as várias religiões convivem em harmonia e até por já ter tido um dos mais fortes times de futebol do estado na década de 70. Mas o Morro também é lembrado como um bairro com uma população carente e que necessita de toda ajuda possível nas áreas de segurança e saúde, principalmente. Um dos políticos ilustres e com reduto eleitoral no bairro da escola de samba Reino Unido da Liberdade é o Deputado Federal Bosco Saraiva. Ele é um dos fundadores do movimento cultural Meninos do Morro. Mas não é que esse menino virou as costas pras suas raízes e resolveu ajudar um município em Goiás. Pois é, no escândalo do Bolsolão, onde o presidente Jair Bolsonaro criou um orçamento paralelo para repassar recursos a deputados aliados e que se investiga como possivelmente sendo um esquema de mensalão, Bosco Saraiva foi identificado como um dos deputados que enviaram recursos para a compra de tratores para o município de Padre Bernardo, em Goiás. A justificativa de Saraiva é que um colega do seu partido, o Solidariedade, lhe pediu essa ajuda. Tá bom, cheiroso! Quer dizer que nenhum colega da Câmara Municipal de Manaus (onde ele foi presidente, inclusive), da Assembleia Legislativa do Amazonas (onde atuou em mais de uma legislatura), nenhum dos colegas da bancada federal do Amazonas e nenhum dos 62 prefeitos pediu a ele esse apoio? E nenhum líder comunitário do Morro da Liberdade também não pediu alguma ajuda que fizesse o deputado usar sua emenda parlamentar pra ajudar o bairro em que ele nasceu? Os moradores do Morro da Liberdade que sempre acompanharam o político Bosco Saraiva, agora choram…

E o rio tá subindo e o poder público nada nada nada faz

As comunidades ribeirinhas do interior do estado e os moradores dos bairros banhados pelos igarapés de Manaus estão aflitos com a chegada de uma das maiores enchentes dos rios do Amazonas. As autoridades acreditam que essa deve ser a maior cheia da história. Toda ajuda é bem-vinda a necessária, mas os cidadãos estão incomodados e indignados com a morosidade dos poderes públicos municipais e estadual. Mais do que fazer discursos bonitos pra plateia e por o pé na água pra fazer ficela com a população, os governantes tem que agir no socorro de fato. A retirada de alguns moradores de locais de risco é necessária e urgente. Principalmente as criança e idosos estão à mercê da sorte tendo que se esquivar da covid, insetos peçonhentos e de cobras. Ainda há o risco de contaminação por doenças causadas pela poluição das águas.

Falei mesmo!

“As mentiras de Wajngarten foram refutadas – inclusive com áudios – na sessão. Flávio Bolsonaro não apareceu à toa. Foi um desastre. Discordo de que a prisão do sujeito – de resto, formalmente duvidosa – fosse boa para a CPI. Só criaria um mártir. E facilitaria o HC de Pazuello.”

Carlos Andreazza (@andreazzaeditor), no Twitter, sobre o bate boca entre os senadores Renan Calheiros e Flávio Bolsonaro.

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