A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a Operação Fair Play, contra um grupo empresarial que movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões, com o “golpe do empréstimo”. As investigações apontam que a empresa investigada buscava atrair principalmente servidores públicos e aposentados.
Estão sendo cumpridos, por aproximadamente 55 policiais federais, 7 mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus/AM, Boa Vista/RR, Belém/PA e Natal/RN.
Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, assim como o sequestro de bens móveis e imóveis que estejam em sua posse.
Ao longo das investigações, foi apurada que a empresa investigada faz parte de um grupo empresarial que atua em diversos segmentos comerciais, que envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus/AM, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis.
A PF constatou que, em um período de dois anos, o grupo empresarial investigado movimentou aproximadamente R$ 156 milhões. Os sócios e representantes apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida nas redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações de luxo.

Operação Fair Play
O nome da operação é uma alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas. Da mesma forma, essa operação tem o objetivo de revelar a atuação irregular de grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal.
Os crimes em apuração incluem crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.