Equipes da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em continuidade às diligências da operação “Pã”, realizou, ao longo de quinta-feira (13), ação policial no município de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus), onde foi identificado possível crime ambiental praticado por uma empresa que está no processo de instalação e abertura de tanques para criação de peixes. Na ocasião, a empresa foi multada em R$ 100 mil.
A operação contou com a parceria do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e das equipes da 36ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Rio Preto da Eva.
De acordo com o delegado Herbert Lopes, titular da Dema, as diligências iniciaram após denúncias serem feitas à especializada, informando que o igarapé Das Pedras, naquele município, estava com uma coloração esbranquiçada decorrente de poluição.
“Fomos ao local e constatamos que havia uma mudança na coloração da água do igarapé. Desde a nascente até o leito a coloração permanecia com o aspecto diferente, seguimos em todo o curso e verificamos que na área ocorria a instalação de uma estrutura para o cultivo de tambaqui, em 45 viveiros escavados, sendo que 17 desses tanques já estavam abertos”, explicou o delegado.
Ainda conforme a autoridade policial, foi verificado que a obra estaria causando uma grande degradação no meio ambiente e seria a causadora da possível poluição do igarapé, que é responsável pelo abastecimento de várias comunidades locais.
“A licença de instalação da empresa foi apresentada ao delegado e aos fiscais do Ipaam, mas foi verificado que a mesma descumpriu algumas regras para efetivação da instalação, como a proibição de obstrução de fluxo d’água que atende a comunidade local”, relatou Herbert.
Procedimentos
Os responsáveis pela empresa foram autuados e terão que pagar multa de R$ 100 mil, além de terem sido notificados a prestar esclarecimentos na Dema. Os responsáveis podem responder, ainda, por poluição e desmatamento, que não estava previsto na licença ambiental, após a finalização da perícia.
*Com informações da Assessoria