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Por que a seleção brasileira treina na Itália, não no Catar, e por que não fará amistosos

O torcedor brasileiro que chegou desavisado para acompanhar o Brasil na preparação para a Copa do Mundo nos últimos dias pode ter estranhado o fato de várias seleções já estarem no Catar treinando, enquanto a brasileira se dirigiu a Turim, na Itália, para uma semana de atividades antes do embarque para Doha no próximo sábado, dia 19.

Outro detalhe que chamou atenção é que diversos países estão disputando amistosos no local do Mundial e o Brasil, não. As duas questões têm respostas simples e fáceis de entender e levam em consideração estratégias da comissão técnica que passam por questões físicas e também logísticas para uma melhor preparação.

Turim é onde fica o CT da Juventus, local escolhido pela CBF para a delegação brasileira se encontrar após a última rodada do futebol europeu, no último fim de semana. Vieram da Itália os laterais Danilo e Alex Sandro, além do zagueiro Bremer. Doze jogadores chegaram da Inglaterra. Da Espanha, veio Alex Telles. E da França, Neymar e Marquinhos. Eles se juntaram à comissão técnica que chegou do Brasil no dia 11 de novembro com Pedro, Éverton Ribeiro e Weverton. Ou seja, a maioria já estava na Europa, jogando, enquanto o trio brasileiro estava praticamente de férias.

Na semana em Turim, a comissão técnica pode fazer trabalhos para homogeneizar o grupo na parte física. E da cidade italiana seguir para Doha. Nesse ínterim, o frio europeu vai contrastar com o calor do Catar, mas ele também foi minimizado, pois a maioria dos jogadores está acostumada a atuar no Velho Continente e, de vez em quando, jogar no calor as Eliminatórias. Sem contar que uma semana no frio não causará uma dificuldade de adaptação depois para quem cresceu em altas temperaturas.

Sanada essa dúvida, outro questionamento é ao motivo de a seleção brasileira não fazer, mesmo longe do Catar, amistosos nessa última semana. Isso também tem a ver com a parte física. A comissão técnica entende que haveria risco maior que nos intensos treinos para a ocorrência de lesões. Além da maior dificuldade de controlar a carga, como é feito nas atividades no CT da Juventus.

A oportunidade de enfrentar grandes adversários também esteve na pauta. Em 2018, o Brasil jogou contra Croácia e Áustria, este na última semana. Agora, atuou contra os africanos Gana e Tunísia em setembro, e diante dos muitos jogos dos torneios europeus espremidos para a Copa ocorrer no fim do ano, optou-se por focar na preparação de um grupo já acostumado com os conteúdos de Tite, mas sem tantas oportunidades para treinar junto.

Fonte: O Globo (https://oglobo.globo.com)

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