Após ato realizado na última quarta-feira (19), os rodoviários de Manaus devem iniciar greve nesta quinta-feira (27), com paralisação de até 50% da frota dos ônibus. A categoria cobra a imunização contra a Covid-19 e reajuste salarial. O anúncio de greve foi realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Manaus (STTRM) nesta terça-feira (25).
Segundo o presidente do sindicato, Givancir Oliveira, a paralisação irá ocorrer caso as reivindicações de reajuste salarial não sejam atendidas. Para iniciar as negociações, uma reunião entre o prefeito de Manaus, David Almeida, e a direção do sindicato deve ocorrer hoje (25), às 16 horas. Caso um acordo não seja feito, a paralização está prevista para iniciar a partir das 4 horas da manhã desta quinta-feira (27).
Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) irá definir o percentual das frotas dos ônibus que poderão ser paralisadas, sendo no mínimo 30% e o máximo de 50%.
Reivindicações
Em relação aos salários, o pedido é que seja feito reajuste de 12% por 2 anos para os trabalhadores da categoria. Segundo Givancir, as tentativas de negociação com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) estão ocorrendo há 2 anos e nenhuma solução foi apresentada.
“Depois de 2 anos a paciência acabou. Eu já fiz todos os procedimentos de greve que a Lei de 1988 exige. Vai ter greve sim, caso a prefeitura de Manaus não chame as empresas e conceda um reajuste imediato para todos os trabalhadores com ativa em 2020”.
Outra reivindicação sendo feita é a vacinação dos trabalhadores rodoviários. Segundo o presidente do STR, mais de 120 funcionários da categoria morreram de Covid-19 e a redução no número de ônibus em circulação foi um dos principais fatores que aumentaram a transmissão e infecção do vírus em Manaus.
“Mais de 120 funcionários morreram e não teve categoria onde morreram mais que a nossa. A maioria são pessoas de idade que estão em ônibus lotados que a prefeitura não fiscaliza e ao invés de aumentar a quantidade de ônibus, tiraram. Eram mil ônibus e só tem 800 hoje, que acumula gente e facilita a transmissão”, disse Givancir.