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Saiba o que é Psoríase

A Psoríase é uma doença autoimune, inflamatória e não contagiosa da pele podendo ser crônica, causando o aparecimento de manchas vermelhas e ressecadas, que podem causar coceiras. Conforme dados da Sociedade Brasileira De Dermatologia(SBD) apontam que afeta dois milhões de pessoas, cerca de 1% da população mundial.  

O próprio sistema do corpo começa a atacar as células dermatológicas por algum motivo, causando lesões. Ela acomete todas as faixas etárias e ambos os sexos, mas é mais comum em adultos jovens. 

De acordo com o médico dermatologista Ilner de Souza e Souza, a psoríase apresenta-se com placas avermelhadas com descamação grossa de tom esbranquiçado.

“Na forma vulgar, a mais comum, afeta principalmente cotovelos e joelhos. Pode apresentar placas isoladas, em apenas algumas regiões do corpo ou disseminadas. Em geral não coça. A forma mais grave pode causar febre e dores nas articulações semelhantes ao reumatismo, em alguns pacientes afeta as unhas e pode ser confundida com micoses. No couro cabeludo pode parecer uma caspa grave”, informou o médico.

Foto: GETTY IMAGES

É importante ressaltar que a doença não é contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado. O paciente de psoríase pode e deve conviver normalmente com outras pessoas. Até o momento, não existe uma cura para a psoríase.

Diagnóstico

Os sintomas da doença variam conforme o tipo da doença. Uma vez detectado o recomendável é procurar um consultório médico para consulta, o profissional vai diagnosticar e informar o nível da psoríase do paciente e passar o tratamento adequado dependendo da situação do indivíduo.

O diagnóstico geralmente é facilmente realizado pelo exame clínico por um Dermatologista”, afirmou o Dr Ilner.

Tipos de psoríase: 

Psoríase em placas ou vulgar

Representa 90% dos casos. Acomete preferencialmente couro cabeludo, cotovelos, joelhos e dorso, e se manifesta através de lesões avermelhadas e elevadas, cobertas por escamas esbranquiçadas.

Psoríase ungueal

As lesões aparecem nas unhas das mãos e pés, levando-as a crescerem de forma desigual. As unhas chegam a ficar deformadas e mudam de cor. 

Psoríase palmoplantar

A palma das mãos e a sola dos pés são atingidos pelas placas. 

Psoríase invertida

As manchas vermelhas afetam áreas do corpo que suam mais (axilas, embaixo dos seios, virilha e dobra dos joelhos e cotovelos). 

Psoríase artropática ou artrite psoriásica

Às vezes, a inflamação se espalha por outras partes do corpo além da pele, chegando às articulações. Os sintomas são os mesmos da artrite comum (dor, inchaço e rigidez na juntas). Esse quadro tende a demorar mais a aparecer.

Psoríase pustulosa

São as mesmas lesões da versão vulgar, porém acompanhadas de bolhas com pus. Surgem no corpo todo ou só de forma localizada.

Psoríase gutata

É caracterizada por manchas menores e mais finas que a vulgar, em formato de gota. São comuns em crianças e adultos jovens, aparecendo no tronco, nos membros e no couro cabeludo. 

Psoríase eritrodérmica

O corpo inteiro é acometido por manchas vermelhas que coçam e ardem intensamente. Por sorte, esse é o tipo mais raro. 

Foto: Reprodução/Instagram

Tratamento

De acordo com o dermatologista Ilner de Souza a biópsia às vezes é necessária para confirmação, há várias formas de tratamentos como pomadas, loções, medicações orais e injetáveis, dependendo da gravidade, extensão e resposta individual de cada paciente. A luz solar utilizada de maneira correta e sob orientação médica ajuda na melhora.

O Dr. Ilner de Souza faz uma recomendação para as pessoas que buscam o tratamento por outros meios, como as redes sociais, e que não procuram por um profissional dermatologista para consultas médicas. 

“É importante evitar tratamentos milagrosos divulgados em redes sociais ou aproveitados de amigos que eventualmente tiveram êxito com qualquer forma de medicamentos. Os tratamentos são personalizados para cada caso”, destacou.

Um estilo de vida saudável é o mais indicado para quem sofre com a doença e busca um tratamento eficaz dependendo do seu caso. Pois ela impacta de forma direta na qualidade de vida e na autoestima do paciente.

“Os protocolos utilizados visam atenuação e melhora das lesões. Em alguns pacientes, conseguimos até o desaparecimento completo das mesmas. Essa promessa, todavia, não pode ser feita. As respostas são individuais. Existem casos de recaídas e agravamentos decorrentes de infecções, stress, traumas, entre outros fatores. É indispensável o acompanhamento médico contínuo para que a Psoríase se mantenha controlada”, finalizou o Dr Ilner.

Foto: Divulgação

Tipos de Tratamentos mais comuns:

tratamento tópico

medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele. Podem ser usados em conjunto com outras terapias ou isoladamente, em casos de psoríase leve.  

Tratamentos sistêmicos

medicamentos em comprimidos ou injeções, geralmente indicados para pacientes com psoríase de moderada a grave e/ou com artrite psoriásica.

Tratamentos biológicos

medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com psoríase moderada a grave. Existem diversas classes de tratamentos biológicos para psoríase já aprovadas no Brasil: os chamados anti-TNFs (como adalimumabe, etanercepte e infliximabe), anti-interleucina 12 e 23 (ustequinumabe) ou anti-interleucina 17 (secuquinumabe).

Fototerapia

consiste na exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica. O tratamento precisa ser feito por profissionais especializados.

Conforme informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Pois, essa atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação.

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