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Seca afeta todas as 62 cidades do AM; duas estão em emergência

Todas as 62 cidades do Amazonas estão sendo afetadas pela seca dos rios no Amazonas, segundo o relatório de estiagem 2022 divulgado pela Defesa Civil do estado, nesta terça-feira (18). Dois dos municípios estão em situação de emergência.

De maneira geral, o acompanhamento, que é feito diariamente, tem três classificações de gravidade: a de atenção, alerta e emergência – quando a situação é mais crítica.

De acordo com o relatório, 19 municípios estão em situação de atenção. Outras 41 cidades estão em estado de alerta, além dos municípios de Tefé e Benjamin Constant, que entraram em situação de emergência.

Atualmente, os municípios incluídos na classificação de estado de atenção são:

  • Calha do Rio Negro: Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Novo Airão e Manaus
  • Calha do Médio Amazonas: Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Itapiranga, Silves, Itacoatiara, Urucurituba e Autazes
  • Calha do Baixo Amazonas: Boa Vista do Ramos, Urucará, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã, Parintins, Barreirinha e Maués

Os municípios incluídos na classificação de estado de alerta são:

  • Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari, Juruá
  • Calhado Purus: Boca do Acre, Pauini, Lábrea, Canutama, Tapauá, Beruri
  • Calha do Madeira: Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba, Nova Olinda do Norte
  • Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins
  • Calha do Médio Solimões: Jutaí, Fonte Boa, Japurá, Maraã, Uarini, Alvarães, Coari
  • Calha do Baixo Solimões: Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba, Manaquiri, Careiro Castanho, Careiro da Várzea

Os municípios incluídos na classificação de estado de emergência são:

  • Calha do Médio Solimões: Tefé
  • Calha do Alto Solimões: Benjamin Constant

Em emergência

A Defesa Civil de Benjamin Constant (distante 1.119 km de Manaus) decretou situação de emergência no município por causa da seca dos rios Javari e Solimões, no dia 7 de outubro.

Com a estiagem, barcos que viajam de Manaus transportando mercadorias, como alimentos perecíveis e não perecíveis, não conseguem chegar até a região no Alto Solimões. Os moradores também sofrem com falta de água potável.

Em uma comunidade ribeirinha de Tefé, a 523 km de distância de Manaus, bancos de areia tomam conta do espaço onde, antes, corria água e, agora, é até possível fazer a travessia a pé. As comunidades que ficam às margens do rio estão isoladas.

Com o atual nível do Rio Solimões e do lago de Tefé, o município é o segundo a decretar situação de emergência e o fenômeno gera impactados no cotidiano da população.

Barcos de grande porte não conseguem mais chegar ao município, somente embarcações pequenas e lancha.

Tefé tem 116 comunidades ribeirinhas, algumas já estão isoladas, como a Comunidade Porto Praia que fica a 19 km da sede município. Com a seca, bancos de areia surgiram e tomaram conta do espaço aonde o rio passava.

*G1

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