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CPI da Covid: Depoimento de Fábio Wajngarten foi marcado por controversas e brigas

Na segunda semana de depoimentos da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Covid, o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten prestou depoimento nesta quarta-feira (12). A sessão de depoimento do ex-secretário foi marcada por controvérsias de fatos, informações incompletas e irritação por parte dos senadores.

Fábio Wajngarten realizou entrevista à Revista Veja criticando o atraso na compra da vacina e afirmando que houve incompetência por parte do governo e responsabilizou o Ministério da Saúde, comandado pelo então ministro Eduardo Pazuello. Já durante depoimento na CPI, Wajngarten evitou culpar Pazuello e disse que o atraso se deu devido a burocracia.

As declarações controversas do ex-secretário causaram revolta dos senadores e o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a pedir a prisão do ex-secretário, que foi negada por Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão. A sessão foi suspensa por Aziz, após o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) xingar Renan Calheiros de “vagabundo”, alegando que “é inadmissível um cidadão honesto (Fábio Wajngarten) ser preso pelo vagabundo do senador Renan Calheiros”.

Após manifestações dos senadores sobre as controversas de Fábio Wajngartem, Omar Aziz chegou a pedir para a Revista Veja a íntegra dos áudios da entrevista do ex-secretário. Mesmo com a divulgação dos áudios pela Revista Veja, o ex-secretário manteve contradições em depoimento e o relator da CPI, Renan Calheiros, oficializou o pedido de prisão de depoente.

Campanha “O Brasil não pode parar”

Wajgarten também foi questionado sobre a campanha “O Brasil não pode parar”, produzida pela Secom, em março de 2020. O ex-secretário diz não saber a autoria do vídeo. “De fato eu me recordo de um vídeo circulando, ‘O Brasil não pode parar’, eu não tenho certeza se ele é de autoria, de assinatura da Secom. Eu não sei se ele foi feito dentro da estrutura ou por algum… Circulou de forma orgânica, eu não tenho essa certeza, posso confirmar para o senhor.”, afirmou Wajgarten.

O senador Humberto Costa (PT-SE) questionou ao ex-secretário o motivo de o vídeo ter sido publicado com o slogan Pátria Amada Brasil, assinatura do governo federal. Wajgarten respondeu que todas as publicações e peças digitais eram aprovadas pela Advocacia Geral da União (AGU) e nem todas passavam pela Secom. Humberto Costa insistiu no questionamento e o ex-secretário respondeu que estava fora da Secom se recuperando da Covid.

O vídeo citado foi divulgado em redes sociais, mas foi proibido pelo ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ministro, o conteúdo do vídeo contra o distanciamento social colocaria em risco a vida, segurança e a saúde da população.

Vacinas Pfizer

Wajgarten disse que a carta da Pfizer demorou dois meses para ser respondida pelo Governo Federal. O ex-secretário destacou em depoimento que não teve nenhuma responsabilidade na vacinação, que apenas apenas aproximou relação do laboratório com o governo.

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