O depoimento do diretor executivo de saúde da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, foi adiado na manhã desta quinta-feira (16).
Em nota, a Prevent Senior justificou a ausência pela falta de “tempo hábil”, já que “o prazo mínimo para atender a uma convocação desta natureza é de 48 horas”. O depoimento dele estava inicialmente agendado para a sexta-feira (17) e foi antecipado.
Na quarta-feira (15), a comissão enviou um e-mail ao jurídico da Prevent Senior com a intimação para o depoimento de Batista. O contato foi recebido no final da tarde do mesmo dia e encaminhado à defesa do diretor, que afirmou que não iria comparecer.
A Prevent Senior declarou que prestou todos os esclarecimentos encaminhados pela CPI nos últimos meses e que continua à disposição para qualquer esclarecimento.
Investigação
A comissão queria investigar a Prevent Senior sobre uma possível pressão para que os médicos conveniados prescrevessem medicamentos sem a eficácia comprovada no tratamento contra a covid-19, além de denúncias de pacientes da operadora que teriam sido assediados para aceitar o tratamento precoce.
Em entrevista dada à GloboNews na manhã de hoje, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que “não há hipótese de terminar a CPI sem ouvir Prevent Senior”.
Novas datas
O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), propôs que os depoimentos de Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), e Pedro Benedito Batista Júnior sejam marcados para terça (21) e quarta-feira (22), respectivamente.
Aziz defendeu ainda que, na próxima quarta, também seja chamado a depor pelo menos um dos médicos que enviaram à comissão “mensagens e gravações fortíssimas”, relatando ameaças sofridas em hospitais durante a pandemia. O presidente da CPI aproveitou a discussão e conseguiu aprovar um um requerimento que pede que o Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo envie à comissão informações sobre apurações em andamento sobre essas denúncias.