O ano era 2017, e o então poderoso presidente da Câmara Municipal de Manaus interrompe a fala da então vereadora de primeiro mandato Joana Darc aos gritos.
Após a repercussão do fato, o vereador, visivelmente contrariado, pediu desculpas e fez juras que mudaria seu comportamento misógino e violento.
Ontem durante a audiência plenária da Assembleia Legislativa, mais uma vez, o agora deputado Wilker Barreto protagonizou cenas lamentáveis de misoginia, preconceito, falta de empatia e violência política.
Mostrando total desprezo por causas que o mundo civilizado apoia, Wilker Barreto tentou ridicularizar a tristeza e dor que um jovem interiorano de Autazes e seu animal de estimação, a capivara “Filó”. Enquanto o Brasil inteiro se comovia com o caso de amor puro e verdadeiro entre um caboclo simples do interior e um animal normalmente arredio a presença humana, o deputado ironizava a preocupação de imensa maioria da população brasileira.
Ao ser questionado sobre o fato, pela deputada Joana Darc, Wilker sentiu-se a vontade para demonstrar todo seu preconceito com os mais humildes, ao dizer que “o plenário estava parecendo uma feira”; e continuou a desprezar a deputada e toda a causa animal, com ironias, fazendo caretas e biquinhos.
A deputada não se intimidou, e disse que iria formalizar uma denúncia de violência política contra Wilker Barreto.
A nós, meros cidadãos pagadores de impostos, resta torcer para que o deputado Wilker Barreto seja denunciado, e que o mesmo entenda que em pleno século XXI, atitudes misóginas, preconceituosas, sem empatia e sem respeito às mulheres não são mais aceitáveis; principalmente ditas por um parlamentar.