Olá habitantes do multiverso da nerdice! É, meus amigos…James Gunn conseguiu de novo. Depois de alçar um grupo de personagens ‘B’ da Marvel ao status de super estrelas, como fez com os Guardiões da Galáxia, depois de pegar um punhado de personagens desconhecidos da DC Comics (ok, aí temos exceções, como a Arlequina) e fazer a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema em 2021 com O Esquadrão Suicida, Gunn conseguiu novamente colocar seu DNA vencedor em uma série spin-off de outro personagem ‘B’, o Pacificador.
Pacificador parece um grande gibizão que saiu do papel e ganhou vida nas telinhas, tem humor, violência (muita violência), tem drama…é a famosa jornada do herói, com o jeito irreverente de James Gunn. Então sem mais delongas, pegue seu capacete de papel alumínio, engatilhe sua pistola (sem maldade, hein?), alimente sua águia e sigam-me os bons!
UM PERSONAGEM DESTINADO AO SUCESSO!
Quando a DC Comics comprou alguns personagens da Charlton Comics lá nos anos setenta, ela não imaginava o sucesso que alguns deles alcançariam no futuro. Dentre os personagens que vieram da Charlton, dá pra destacar o Besouro Azul (que também vai ganhar um filme pela HBO Max), Capitão Átomo, Questão, Judomaster e é claro, o Pacificador.
Mas muito antes de fazer sucesso nas telas de cinema e nas telas de TV, o Pacificador quase teve participação importantíssima em uma HQ icônica que mudou a indústria dos quadrinhos, Alan Moore queria pegar os recém adquiridos personagens da Charlton Comics para serem os protagonistas de nada mais, nada menos que Watchmen, mas o editor chefe da DC à época negou. No lugar que seria do Pacificador, Moore acabou criando o personagem Comediante!
O SUCESSO NAS TELAS E A REDENÇÃO NA SUA SÉRIE
Depois de anos vivendo como personagem coadjuvante nos quadrinhos do Esquadrão Suicida, o Pacificador conseguiu destaque na adaptação do Esquadrão para o “cinema” através do diretor James Gunn. Gunn é um profundo conhecedor de quadrinhos, tanto da Marvel quanto da DC e resolveu charfundar nos porões empoeirados da DC para trazer os personagens mais inusitados e desconhecidos para compor sua versão de Esquadrão Suicida, com exceção da Arlequina, vivida por Margot Robbie, que já fez parte de outras produções da casa e é sucesso absoluto.
O Esquadrão Suicida foi a melhor adaptação de quadrinhos para o “cinema” em 2021 (se não contarmos a Liga da Justiça de Zack Snyder, claro…hehehe), com muita ação, violência, comédia e personagens bem desenvolvidos, onde se destaca o Pacificador, muito pelo carisma de John Cena, mas que ficou com a fama de ser um grande “fdp”, pois além de ser um pau mandado da Amanda Waller, ainda matou o Coronel Rick Flagg, um dos personagens mais queridos do primeiro filme do Esquadrão, dirigido por David Ayer.
Logo após a estreia de O Esquadrão Suicida nos cinemas e no HBO MAX, foi anunciada o spin off da franquia, com a série do Pacificador. James Gunn é quem escreve a série e dirige a maioria dos capítulos, além de ser o produtor executivo e ter sua namorada Jennifer Holland, mais uma vez no papel da agente Harcourt…o cara bateu o escanteio e correu pra cabecear neste projeto.
É claro que a violência e o gore estão presentes, a trilha sonora é sensacional como em todos seus projetos (desta vez privilegiando o Hard Rock dos anos 80/90)…afinal, toda hora é hora para um bom rock, não é mesmo? Vale a pena destacar a abertura maravilhosa da série onde os personagens aparecem dançando ao som de ‘Do Ya Wanna Taste It’ da banda norueguesa Wig Wam, a coreografia até viralizou no Tik Tok.
Mas outro grande trunfo de Gunn é saber trabalhar bem com equipes e com o lado humano de cada personagem. No caso do Pacificador vemos ao longo da série ele crescer como pessoa e como super herói, tendo que lidar com seus traumas do passado e até mesmo enfrentar seu pai abusivo e fascista (para dizer o mínimo).
A trama é bem simples, como um bom e velho gibi. Após ser salvo pela equipe que se rebelou contra Amanda Waller no final do O Esquadrão Suicida, o Pacificador tem que ajudar esta nova equipe a acabar com uma invasão alienígena, na misteriosa Operação Borboleta. Com os remanescentes, John Economos (Steve Agee) e a já citada agente Emilia Harcourt (Jeniffer Holland), se juntam à equipe, o líder Clemson Murn (Chukwudi Iwuji), a iniciante Leota Adebayo (Danielle Brooks) e Adrian Chase, o Vigilante (Freddie Stroma).
O desenrolar da história e as camadas que Gunn vai adicionando à cada personagem e principalmente ao Pacificador, vai prendendo e aproximando o público daqueles personagens, tornando até a águia de estimação do Pacificador, Eagly, um personagem carismático. O olhar diferente que Gunn deu ao Vigilante, que na série é o maior “fã” do Pacificador e seu sidekick, tornando-o um personagem extremamente engraçado, diferente da sua origem nos quadrinhos, é sensacional,.
Aliás, James Gunn teve a liberdade total para fazer o que quisesse com a série do Pacificador, então vemos um tom de humor “quinta série” total, com os personagens trocando xingamentos e constantemente irritando uns aos outros. E aqui vai a minha ressalva, esse excesso de “quinta série” no humor me tirava da trama algumas vezes. Mas como eu disse antes, a pluraridade dos personagens conseguiu me cativar.
No final do último episódio temos uma participação bombástica, algo que já vinha sendo prometido por Gunn desde que a série estreou, mas eu sinceramente não imaginava que era pra tanto. Mas e aí…Pacificador parece seguir dentro do universo compartilhado da DC e logo após a season finale, já foi anunciada a renovação para a segunda temporada…o que você achou? Eu particularmente acho que a série não deixou muito gancho para a segunda temporada, vamos ver o que James Gunn vai aprontar…mas só depois que ele terminar de filmar Guardiões da Galáxia 3 pela Marvel.
Obrigado a todos que acompanharam até aqui, espero que tenham gostado, até semana que vem com mais um Terra 92 e…para o alto e avante! Stay safe!
Parabéns muito bom ter algo importante pra conhecermos